sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Somos suspeitos de um crime perfeito


Assim como num passe de mágica surge um principe encantado. Desses iguais aos dos contos de fadas, com olhos azuis e tudo, além de um bom humor contagiante e um romantismo sem igual. Nao me traz sapatinho de cristal, nem sobe a torre pelas minhas tranças e, muito menos precisa derrotar dragoes pra me ter nos braços. Chega mesmo é cuspindo agua na minha boca e enchedo o meu cabelo de nicotina. o.O
É, pode-se dizer que sete dias é tempo suficiente para cometer um crime horrendo. Tempo suficiente para o roubo de um coraçao, para uma invasao de propriedade, para um assassinato a tristeza, uma ostentaçao de alegria, para um homicidio em legitima defesa a carinhos, beijos e abraços e, para um sufocamento de amor. Sete dias sao ideais para um sequestro, de corpo e alma.
E depois, nada. Tudo se cai em um mero automovel grande e cheio de outras pessoas que estao cheias de outros sonhos, que estao cheios de outros obstaculos, que estao cheios de força de vontade. Tudo se vai, e aqui deste lado ficam dois olhos que estao cheio das mesmas lágrimas.
O corpo e a alma sao liberados do cativeiro, entretanto com danos (?) irreversíveis. O amor já nao é mais sufocado, apesar de o ter sido por tempo suficiente para causar-lhe nao a morte, mas pelo menos um adormecimento profundo. Os carinhos, beijos e abraços já nao mais lutam pela sobrevivencia. A alegria já nao mais se ostenta, a tristeza consegue ressussitar mesmo sem beijos encantados, as barreiras da propriedade invadida continuam derrubadas, porém tudo já está completamente vazio. O coraçao foi corretamente devolvido a seu respesctivo dono. E agora, a saudade, que até entao nao havia entrado na trama, se transforma em uma testemunha do crime, acompanhando o reu e a vitima indistintamente por um longo tempo.
E aqui estao as provas...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

;(

Mas, pra quem sempre gostou de água, lágrimas sao apenas salgadas consequencias...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

E ela me deu, um sorriso trazendo paz

Uma mochilinha roxa do reggae, é isso que eu terei eternamente pra lembrar dela.
E dizer que ela estava sempre sorrindo, dizer que sempre contagiava as pessoas, dizer que era uma das melhores companhias no reviver e nas cachaceiras da vida, seria algo um tanto quando clichê e repetitivo. Isso todos nós já sabemos. E é isso que faz da vida algo tao surpreendente.
As pessoas estao sempre a conhecer as outras superficialmente, conseguimos definir quem nos rodeia com simples e vazios adjetivos. Conseguimos dizer que fulana é santinha, que cicrana é C.D.F e que aquele outro é super baladeiro. No msn, ou no orkut, geralmente iniciamos uma conversaçao com um " oi, tudo bem? ", e recebemos um " tudo otimo e ctg? "
As pessoas sempre estao otimas, felizes, bem. E, ainda que tentemos ser sinceros, ainda que respondamos algo do tipo " nao, eu to mal ", ao longo da conversa nos chamarao de infantil, nos dirao que isso ou aquilo nao é motivo pra tristeza e/ou depressao. Se dissermos que estamos sofrendo ou com o coraçao partido, receberemos um " menina, tem muito homem nesse mundo" " nao vale a pena ficar triste por quem nao te merece " " tu só tens 17 anos, procura curtir a vida ". Ou entao como minimo ouviriamos coisas do tipo " ah, tu nao ten do que reclamar, tem tudo e bla bla bla, para de ser pessimista"
É, somos quase sempre superficiais, e talvez por isso nao entendemos o porquê de algumas coisas acontecerem. Nos pareceria muito obvio, que aquele garoto sempre calado, fechado, feio e esquisito, trancado no seu proprio mundo e cheio de problemas, de um dia pro outro se matasse. Estamos sempre atentos pro obvio, e fechamos os olhos pro inesperado.

Que estejas em um mundo melhor que esse, flor de lis.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Peisarinho (L)

" O homem ideal me dá colo mas nao me faz dependente de seus carinhos e cafunés - ao contrário, me incentiva a transpor problemas e encontrar soluçoes. Tem a rara habilidade de saber ouvir e dizer o que é necessário, bom ou a dura e intransponível realidade. Compreende a diferença entre estar presente e fazer companhia e prefere ficar sozinho a estar de alma ausente. Nao é prolixo nem tenta impressionar, por isso é deliciosamente verdadeiro, simples e interessante. Entende que preciso da sensaçao indescritivelmente libertadora de sumir por algumas horas para depois desejar estar de volta para ele.
Nao exige a todo instante meu lado risonho porque sabe, como sabe de tantas outras coisas nao ditas em sentenças ou discursos, que os dias ruins fazem parte de mim. Nota minhas sutis alteraçoes de humor e, sensato, cala-se ao meu lado olhando para a TV. E nao exige explicaçoes porque possui aquela calma sabedoria que me impele naturalmete em sua direçao.
O homem ideal me da bronca quando abuso da minha independência ou como chocolate demais e depois reclamo do peso. Compra sorvete light e evita discussoes posteriores.
O homem ideal canta. Nao precisa ser afinado, mas sussurra cançoes que, num dia qualquer, descobrimos ambos gostar. Também bebe. Meio pinguço, e daqueles que ficam charmosos de matar com um copo de vinho nas maos e maravilhosamente sacana três doses acima do normal. Enterra os bons modos e bate a porta do quarto, sem tempo para que eu responda à pergunta nem sequer formulada. Adormce aconchegado a mim, mas nao suporta ficar agarrado durante toda a noite.
O homem ideal nao considera fraqueza dizer que me ama. Pede ajuda quando sente que o peso colocado sobre os seus ombros extrapalou sua força. E chora. Vive regido por sua consciência e, impulsivo, assassina a etiqueta e comete atos passionais. Entao faz besteiras, erra, engana-se. E nem por isso deixa de ser maravilhoso - apenas segue sendo magnífica e tropegantemente humano.
O homem ideal é imperfeito, numa imperfeiçao que combina exatamente com a minha... "

- Ailin Aleixo

Só falta ele entender isso...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Eu nao quero aquele, eu nao quero aquilo...

Nao que eu tenha medo do escuro, mas se puder deixe a porta somente encostada, ou a cortina entreaberta, ou o abajour aceso. É, talvez Cairê esteja certo a respeito da minha singularidade, ou talvez nao.Eu nao li todos os livros de Harry Potter, nunca assisti nem li esse tal crepusculo que tanto falam. Tambem ainda nao assiti o filme do batman que todos dizem ser mega bom por causa do coringa gato que morreu.Eu nao me vejo dentro de cinco anos, nao tenho a menor ideia do quero ser quando crescer, mas sei que vou ter uma casa de praia com a decoraçao rustica.Só sei desenhar casinha com uma arvore, entretando ontem um cara me disse que nao existe quem saiba ou nao desenhar, e isso me inspirou.Gosto das cores, das flores, das músicas, dos filmes estranhos. É eu sempre gosto de filmes muitissimo estranhos. :OQuando to estressada entro no meu mundo roxo e logo vejo que o vermelho e o cor de rosa, apesar de nao serem assim tao bonitos, sao essenciais. E falando nisso, dentro da minha tela de pintura, por esses tempos, houve umas gotinhas querendo escapar... Acontece que nao é como tinta guache na pele, se trata de tinta acrilica no papel e... Simplesmente nao sai. Fato.Mas se pode mesclar com outras, afins de se fazer uma nova cor. Os livros me encantam, mas eu nunca fui muito fa de poesia apesar de gostar muitissimo de Fernando Pessoa. Tenho tantos sonhos guardados em mim, que às vezes esqueço de viver dentro da realidade. Eu gosto de astrologia, embora o meu signo seja o da balança o que nao encaixa muito bem com a minha personalidade.
Queria profundamente sabe discernir entre o bem e o mal, entro o bom e o ruim... Nao que seja lá um avanço, mas já sei a diferença entre doces e salgados e por isso como batata frita com sorvete, pipoca com brigadeiro e tronquitos com cheetos.Tenho músicas de momentos, filmes de momentos, amigos de momentos, garotos (as) de momento. E agora, estou só, e espero que de momento.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A saudade, é um filme sem cor.


"Meu amor, minha flor, minha menina solidão não cura com aspirina tanto que eu queria o teu amor, vem me trazer calor, fervor, fervura me vestir do terno da ternura, sexo também é bom negócio, o melhor da vida é isso e ócio, isso é ócio.
Minha cara, minha Carolina a saudade ainda vai bater no teto, até um canalha precisa de afeto, dor não cura com penicilina. Meu amor, minha flor, minha menina, tanto que eu queria o teu amor, tanto amor em mim como um quebranto, tanto amor em mim, em ti nem tanto.
Minha cora minha coralina mais que um goiás de amor carrego destino de violeiro cego há mais solidão no aeroporto, que num quarto de hotel barato, antes o atrito que o contrato.
Telefone não basta ao desejo, o que mais invejo é o que não vejo, o céu é azul, o mar também. Se bem que o mar as vezes muda, não suporto livros de auto-ajuda, vem me ajudar, me dá seu bem.
Meu amor, minha flor, minha menina, tanto que eu queria o teu amor, tanto amor em mim como um quebranto, tanto amor em mim, em ti nem tanto."

Zeca Baleiro