domingo, 12 de abril de 2009

Para os meus, os verdadeiramente meus

A saudade é maior pra quem fica, é mais pesada, mais dolorida. Quem vai, descobre novos lugares, conhece novas pessoas, prova novos sabores. Outra comida, outra bebida, o banheiro é diferente, a cama não tem cheiro de nada, a parede do quarto não tem pichações, o espelho não foi cenário de fotos.Pra quem vai, suportar a dor é mais leve e, eu tive que ir e voltar pra aprender isso.Quem fica permanece na mesma escola, com os mesmos pseudo-amigos. Quem fica, continua freqüentando os mesmo lugares, falando com as mesmas pessoas. Quem fica tem na cama um cheiro, na mesa da cozinha mil lembranças, no quarto, histórias pra contar. Cada lugar traz um pensamento, uma lembrança, uma falta imensurável. Hoje eu sei que nem a melhor comédia do mundo me faria sorrir, pois no cinema eu fico, e to sozinha. O sol não brilha com a mesma intensidade, as ondas já não são tão bem aproveitadas, o caminho de volta a casa é mais longo e as conversar passam a ser entre papel e caneta. Agora eu entendo perfeitamente o que Carolzinha quis dizer com aquele "eu não suportaria ficar aqui sem ti". Quem vai, mesmo não querendo, tem outras coisas com as quais se preocupar. Tem que se adaptar a nova escola tem que se adaptar ao novo clima, tem que fazer novos amigos, comprar novas roupas. Quem vai bebe sempre em um bar estranho, as ondas do mar não sabem mais que a sal e as mesas nas cozinhas, não passam de meros objetos. O problema em cativar as pessoas está nisso, cada um leva um pequeno pedaço do nosso coração e, enquanto ele está por perto isso não lhe parece fazer muita falta ou lhe causar muita dor, até que ele se vai e leva consigo esse pedacinho, fundamental.
Claro que nesse meio tempo virão outras pessoas das quais roubarás um pedacinho do coração na intenção de ocupar aquele buraco no seu. Entretanto são como peças de um quebra-cabeça, cada uma tem a sua combinação. Não se pode mudar. Dessa forma podemos fazer coleções de pedacinhos de coração, mas eles jamais servirão pra formar um inteiro. [green]Eu quero meus alguéns aqui comigo, e quero agora.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

15/03/08

Sono na aula de matemática, falta de criatividade e uma certa inquietação. Segredos que provavelmente serão revelados em um dia qualquer. Discussão sobre o amor já me fez quase perder um quase melhor amigo.
Entretanto foi tudo muito bom. Almoço ás três, tratando-se tanto de horas quanto de amigas. E.V.A. Pizza grande, calabresa e uma leve caminhanda no sol quente. São momentos como esses que me tiram da cabeça a vontade de desaparecer, são esses pequenos detalhes delicados e os cabelos desgastados pela tinta que tornam minhas manhãs mais especiais.
As pessoas costumam usar máscaras, normal. Costumam vir com frases feitas, falam o que leem em livros de auto-ajuda ou em revistas de fofoca. Porém não é de fato o que acontece, não é assim que se passam as coisas e a vida tampouco é tão beautiful, tão fácil.
Assistindo closer pela milesima vez me vem a mente as coisas que gosto e que acredito. Alice Ayres ou Jane Jones, não importa. Ela não é o nome que possui, não é a stripper que foi ou a garota rebelde dos cabelos cor de fogo. É apenas uma essência, capaz de mostrar aos outros que o amor não é feito de verdades ou mentiras, de sonhos ou frustrações. Não é composto somente por alegrias, por coisas em comum ou admiração. O amor é. Aparece com os segundos juntos ou distantes. O amor dura, e permanece. Aquele I don't love you anymore foi como que dito pela stripper, foi como cada mecha do cabelo cor de fogo.
Ela não crê naquilo que não vê. Por isso tenta tocar o amor, tenta sentir o seu aroma, tenta traduzi-lo através de palavras. E chora, e sofre, e perde o amor invisível.
Itálico