terça-feira, 22 de junho de 2010

Desabafos.

Desculpa mas eu tenho a memória muito boa, de fato. E, quando eu to triste eu pareço uma bola de neve, eu procuro sempre ficar ainda mais triste pra depois quem sabe me alegrar, o fato é que nesse choro repentino eu lembrei de algumas coisas que tu me disse.

(...)

Acontece que da mesma forma que tu odeia discussões eu também odeio gostar tanto de pessoas. Eu odeio transformar pequenas banalidades em algo importante, e eu odeio mais ainda quando transformam algo importante em pequenas banalidades, eu odeio me importar com coisas bestas, mas me importo. E não, eu não quero mudar isso. É a minha única maneira de medir sentimentos alheios.

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Eu, como diz minha mãe sou muita dada. É mais facil eu gostar de primeira do que desgostar, então quando eu desgosto não é à toa. Assim como não é à toa a minha cara de desgosto. Assim como eu não entendo quando tu me perguntas: “o que foi?” já sabendo a resposta.

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Eu sou amável, eu sou legal, sou fofa e divertida, eu sou carinhosa, eu sou inteligente, eu sou muito inteligente e, apesar de ficar linda de qualquer forma como tu diz, quando eu choro a minha cara fica feia, meus olhos ficam vermelhos e minha boca fica inchada. Eu posso ser fofa quando faço bico, ou quando bufo, mas eu sou incrivelmente mais linda quando to morrendo de rir. E tu diz não gostar de me ver chorando, nem eu gosto que tu me veja chorando.
Sinceramente acredito que esteja me comportando perfeitamente bem.

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Eu acredito que tu goste de mim embora isso seja bastante difícil algumas vezes, eu to a alguns meses tentando te sacar, tentando saber como tu é, mas às vezes eu me pergunto se tu mesmo já te sacou e se tu mesmo sabe como tu és.

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e antes de partir meu coração tu já tava com o teu próprio coração partido e talvez vazio... Eu não sou massinha de modelar, e nunca preenchi buracos e não sou a professora do amor pra te ensinar o que é gostar de novo de alguém.
Eu não queria estar te falando isso, talvez tenha doído ou não. Se doeu essa era a intenção. Eu não gosto do que eu to fazendo mas parece ser a única forma de chamar a tua atenção e de dizer que algo ta errado. Eu já te mostrei várias vezes que eu sei ser mal criada, que eu sei dar cortes, que eu sei falar coisas pra te deixar calado, que eu sei te deixar com raiva. Algumas vezes eu nem consegui nada com isso, existem coisas que não te incomodam mas que ME incomodam e mamãe sempre me ensinou A NUNCA dizer pra ninguém o que eu não gostaria de ouvir. Tu talvez sinta prazer fazendo isso com as pessoas, mas eu não sinto. Eu me sinto mal.

(...)

e, garanto que eu conseguiria colocar tudo isso na minha pasta "lixeira" caso tu tivesse dito algo capaz de substituir. Aí eu fico lendo a minha música e arrancando umas frases dela pra colocar nos meus "arquivos", depois eu leio as mensagens antigas que tu me mandava e que eu tenho anotadas num caderninho... Mas ainda assim são as cruéis que marcam, de uma maneira absurda, talvez por elas serem maioria. E a maioria costuma vencer, quase sempre. Outro dia eu disse que te obedecia, hoje já acho que isso seria uma loucura. Já imaginou se eu interpretasse ao pé da letra o teu "então me larga" ou se eu chegasse a conclusão de que de fato "somos muito diferentes e são diferenças incompatíveis" ou então se eu seguisse o tão falado amor romântico, tema de livros e filmes no qual um é loucamente apaixonado pelo outro? Para isso teria que simplesmente deletar o teu "eu não te amo, desculpa mas eu não consigo te amar" ainda que tu escreva corretamente, leia tal e tal livro e seja boa de cama, "tu gosta de mim muito mais do que eu gosto de ti".

(...)

É, talvez além de tudo tu seja manipulador. Mas eu também sou, ou pelo menos eu já fui até me apaixonar por ti.

Um comentário:

Anselmo Freitas disse...
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