segunda-feira, 19 de agosto de 2013

confusão!

É agoniante não saber o que fazer. Ficar na dúvida entre a impulsividade e a calmaria. Aqueles momentos nos quais você se enche de perguntas e não consegue responder nenhuma delas.  Pedir ajuda dos amigos às vezes ajuda, mas muitas vezes atrapalha. Por mais que o teu amigo te conheça, por mais que ele tente dar sempre os melhores conselhos, existem momentos em que é necessário voltar-se pra dentro e ouvir o que o seu interior tem a dizer... 
Eis que resolvi voltar-me pra dentro ao som do meu velho amigo Chico Buarque, bom, se antes eu não sabia o que fazer, agora sei menos ainda. 
Complicado. 

domingo, 11 de agosto de 2013

Você caiu do céu, um anjo lindo que apareceu...


Sabe aquela história de não correr atrás das borboletas e cuidar do jardim pra que elas venham até você, pois bem, precavida como sou sempre cuidei do meu jardim, mas quando aparecia de longe uma borboleta cuidava de correr atrás também, vai que, né?
Não que eu não tenha um sex appeal, mas por incrível que pareça, apesar de ótima conselheira, no quesito "conquista" costumo me embananar por completo e a sensualidade vai pro espaço. 
Toda essa coisa de jogar, de mistérios, fingir que ta afim, de falar sobre assuntos diversos, dizer que gosta de filmes que nunca viu, de bandas que nunca ouviu, inventar desculpas pra não sair, pra não mandar mensagem, pra não ligar... Sei lá, é tudo muito impossível pra mim. E as pessoas mentem ao dizer que gostam de sinceridade. A verdade assusta.  Incomoda. E eu costumo me entregar mesmo, mergulhar de cabeça... Ou vai ou racha! Geralmente racha. Mas dessa vez, não é que sem querer querendo, foi.  
Me apaixonar é algo normal pra mim, quebrar a cara, então, normalíssimo. Desde que terminei um namoro longo e um tanto quanto conturbado, tenho me aventurado por completo nesse lance do amor. Ás vezes tento segurar a onda, mas não dá. Se eu fico afim, já era. Ligo, mando mensagem, mando música, poesia, chamo pra sair, pra comer, pra ver filme, pra dançar, pra viajar, pra casar e ter filhos em outro país. Aí vou desanimando aos poucos, vou percebendo que não estamos falando a mesma língua, ou vou sendo naturalmente ignorada, e aí deixo falar mais alto o amor próprio que vive escondido em mim, e largo de mão. 
Não entendo pessoas que se relacionam por se relacionar. Que ficam pelo que veem a sua frente e não pelo que sentem. Me chamam de louca por imaginar uma vida inteira ao lado de quem acabo de conhecer, louca pra mim é quem se entrega pro presente, a la carpe diem, qual é?? Planejar é preciso. E se é só o presente que te prende a alguém, pode ter certeza que não passa de uma atração física, e numa boa, atração física a gente pode deixar passar. 
Difícil é deixar passar uma conexão mental. Aquele cara que quando seu celular vibra você fica imaginando se foi ele que respondeu sua mensagem. Espera ansiosamente por um convite e já aceita de prontidão. Tudo lindo, conversas e mais conversas, ambiente propício, álcool na cabeça. Climinha rolando. É, rolou. Muita coisa em comum, papo fluindo como nunca. Bateu com seu planejamento. Férias em lugares paradisíacos, uma vida a dois fantástica. Você lendo na varanda enquanto ele prepara o almoço. Um ótimo relacionamento com a família, com certeza será um bom pai. Pronto, é ele. Achou. Na mosca. Não é um Tom Cruise da vida, mas tem uma barbinha pra lá de sensual...  
É, mas como sempre faço algo errado. Não sei em que medida, e nem sei se dessa vez a culpa foi mesmo minha, mas de repente, outra na jogada. Assim de supapo, no susto. Quase te faz cair do salto, principalmente você que não está muito acostumada a esse lance de ser mulherzinha. Tudo bem que homem ta difícil no mercado, mas disputar por um? Ah, francamente. Eu não me rebaixaria a tanto. Não me imagino criando uma cena de ciúmes ou fazendo um escândalo em público. Não sou a mais discreta das mulheres, mas me assusta a ideia de implorar pela atenção de alguém. E aí, só me resta aceitar resignadamente, e como o papo nunca foi de paquera, torcer para que a amizade se mantenha, se é que isso é possível. 
Mas de repente, em meio a tanta gente arrumada, mulheres com seus penteados e maquiagens... Em meio a todo aquele teatro, imitando em alguns aspectos os antigos bailes nos palácios, você se descobre minúscula, quase insignificante e acaba descontando no whisky, companheiro de todas as mulheres... opa, acho que não, ein? Mas se mais mulheres bebessem whisky menos pessoas receberiam mensagens, isso é fato. O whisky te mantém um tanto quanto orgulhosa, até certo ponto. E age sobre uma área do teu cérebro que tenta te impedir de vexames, diferentemente da vodka que te faz logo cair no chão de pernas abertas pra quem quiser ver. 
Eis que entre uma dose e outra surge um cara. Não, ele não é o galã da festa, e também não tem a barbinha sensual. Ele é só um cara, um cara normal. Você olha e pensa "deve estar bêbado e vai dar em cima de mim". Mas depois se olha e pensa "ah, não to em condições de exigir, né?". Iniciam uma conversa, uma boa conversa de antigos conhecidos. Normal. De repente esse cara que até então era só um cara vira O cara. Você cospe nele tudo o que está pensando sobre aquela festa. Desabafa como se ele fosse um amigo, fala do coração partido, chama pra dançar como se fosse conseguir provocar ciúmes no babaca de barba acompanhado da barbie. Aquele olhar, o jeito como ele fala com você. Em instantes, de minúscula você se sente uma gigante. Se sente mais bonita do que todos os vestidos de rendas e paetês com o seu verdinho básico. Se sente única, afinal, esse cara normal, esse cara legal, te acha interessante. Ele se interessou por você. E não foi pelo seu decote ou pra se aproveitar do excesso de álcool. Ele tem interesse em te ouvir falar. Mesmo que seja pra falar de outro cara. Ele ta de boa, quer ficar ali, com você. E aí no dia seguinte você descobre que se ele pudesse teria ficado mais tempo ali. 
No dia seguinte você ouve uma bela explicação pela situação desconfortável que se criou com aquele outro cara do começo, o que tinha tudo a ver comigo, o que seria meu futuro marido após uma cerimonia a céu aberto no pôr-do-sol. Como uma boa brasileira, tenta não largar o osso, não desistir. Quer continuar nessa disputa praticamente vencida. Acaba indo pra um lugar que não queria, assistir a show de bandas que não suporta, em meio a pessoas estranhas com uma probabilidade minima de encontrar alguém legal. Vai lá pra agradar uma amiga que queria muito ir. Entre tantas pessoas que estavam naquele show, sua amiga fica afim justo do amigo do cara. O cara ta lá com a barbie, e de repente está você, a sua amiga, o paquera da sua amiga, o cara que até antes de ontem seria seu futuro marido e a barbie que a partir de agora é a futura namorada do cara. QUE SITUAÇÃO, ein? 
Passou, acabou. E agora definitivamente você não quer mais ficar com o cara, ou pelo menos você que acreditar que não quer mais. E como não basta você se convencer disso, faz questão de deixar claro pro cara que você não tem mais interesse nele, e claro que o cara, pra entrar nesse joguinho patético da conquista, finge que acredita em você e finge que também faz questão, apenas, da sua amizade. 
Aí, graças a tecnologia o segundo cara da jogada, o que te ouviu na festa, o que reparou em você, resolve puxar um assunto e emendar com um convite pra sair. Bom, não era dele que você queria receber um convite, mas mesmo sem ler seu manual, parece que mais uma vez, o cara normal, acertou em cheio. Te chamou pra comer, te chamou pra comer peixe. Sensacional. Eu vou, claro que vou. Assim me distraio um pouco, converso com alguém que está de fato interessado em mim. Não vou ficar com ele, sei me controlar. Vou deixar claro que não to afim, que não dá. Ops, não deu. Clima propício, só vocês dois, cenário bucólico e romântico, cervejas no sangue e ele consegue te dar bons motivos pra ficar com ele. Ele quer ficar com você. E você sabe disso desde o momento que ele te olhou entrar no carro. Você não queria tanto, mas acaba cedendo. Está triste, magoada, e ele ta ali, levantando teu ego e te dizendo o quanto você é linda e interessante e inteligente e o quanto ele te "considera". 
Antigamente pra uma pessoa manter contato com dois pretendentes ela teria, no mínimo, dores no pulso por escrever tantas cartas. Hoje em dia é fácil manter dois, três, quatro, dez ao mesmo tempo. Alimentando com frases feitas ou contando como foi o dia. 
Eu particularmente detesto esse tipo de coisa, isso não faz bem pro meu ego, e não faz eu me sentir uma pessoa super desejada. Definitivamente não fico deixando coisas mal resolvidas, como já disse, ou vai ou racha. Mas nenhum dos dois mora aqui, não iria arrancar pedaço manter um contato inocente, iria?
Acontece que aos poucos o que antes era super interessante e que vc não queria simplesmente abrir mão, passa a perder a graça a cada haha desinteressado enviado. E aquele lá, pelo qual você não dava nada se torna sua conversa preferida. Entre um papo e outro surge um programa a dois, uma viagem que tem tudo pra ser inesquecível. Pela primeira vez, em muitos anos, você não está perdida sem saber o que fazer ou como agir. Com ele você não tem medo de jogar a real, não tem medo de falar demais, de assustar. Você sabe que ele não vai fugir de você. Vocês falam a mesma língua e ele curte planejar as coisas com você. Entre fotos do dia a dia e declarações inocentes de saudades, você começa a acreditar em anjos e se vê cantando pela casa, abestadinha "pra renovar meu ser, faltava mesmo chegar você, assim sem avisar e acelerar um coração que já bate pouco de tanto procurar por outro, anda cansado, mas quando você está do lado fica louco de satisfação, solidão nunca mais"

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Entrega!

Eu sempre fui de me entregar total, do tipo que mergulha de cabeça no rio. Vai fundo, sem medo!
Garanto a vocês que é mais seguro pular num rio de pedras do que se entregar a uma pessoa.

Vou postar o trecho de uma mensagem que recebi ontem a noite e que me comoveu bastante.
Acho muito pouco provável que o autor da mensagem chegue a ler isso aqui, então lá vai...

"Tentei colher informações a seu respeito de uma maneira bem sutil e fiquei muito impressionado. Você não é indiferente pra ninguém. Todos tem uma opinião a seu respeito, seja boa ou ruim, mas tem. E o que eu extrai de tudo isso é que você não faz questão de agradar qualquer pessoa, mas se entrega pras pessoas que te agradam. Você se entregou pra mim, faltou braço"


Um ótimo dia! Vou fazer desse blog uma rotina :)