quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Menininha má e o Lobo bobo

Era uma vez uma menininha beeeeeeeeem pititinha e bem espertinha que morava em uma floresta bonita e tranquila, ela gostava muito de roxo e de bichinhos de pelúcia e de músicas boas e de livros legais e de falar, falar, falar sem parar.
Um belo dia o leãozinho (seu irmão), deu a ela um caderninho no qual ela poderia escrever todos os seus pensamentos e todas as suas teorias. Admirada com o presente, a menine resolve passear pela floresta a fins de encontrar fonte de inspiração para suas anotações. Ela era muito cativante e portanto, amiguinha de todos os animaizinhos da floresta, no entanto era com o lobo que ela mais gostava de conversar, pelo fato de irritá-la constantemente ele se tornava diferente dos outros animais que sempre procuravam
agradá-la, e com ele a menininha podia ter conversas longas e interessantes.
Porém ela sempre temia qualquer aproximação devido aos conselhos que recebia dizendo que em lobo não se confia.

A cada passeio pela floresta a menina entrava em uma nova aventura que lhe rendia lágrimas ou gargalhadas. O que ela realmente gostava era de experimentar, sentir tudo na pele, todos os cheiros, os gostos, os toques.

O tal do lobo mau tinha a fama de comer todas as menininhas, e ela atrevida toda, cutucava sempre o pobre animal, querendo tirar a prova do 9, querendo saber até que ponto os boatos eram verdadeiros, até que finalmente tirou!
Ele, muito mau, arrancou-lhe um enorme pedaço e a menininha sentido falta disso dava sempre um jeito de encontrá-lo no meio da floresta imensa... Por mais que soubesse que talvez nao passasse de um mero almoço, a menininha não se cansava de deixar que o lobo lhe arrancasse pedaços, aos poucos vinha se tornando um vicio sem que ela ao menos se desse conta, pois assim como o lobo, tentava sempre manter a pose, manter o controle e ser casca grossa... Algumas vezes ele chegou a desprezá-la, deixando-a triste e confusa pensando que talvez houvesse pela floresta raposas e cobras que despertassem no lobo um maior interesse, ou uma maior fome (...)

A menininha recebia flores e presentes constantemente dos demais animais da floresta, ainda assim possuia uma carência tao imensa que mal cabia em corpo tão pequeno o que lhe fazia preferir mordidas do lobo mau à flores e presentes.
Num certo dia de sol, a menina não saiu para o seu rotineiro passeio, o que deixou o lobo um pouco preocupado embora não demonstrasse. A pobre menina adoecera e com o pretexto de falar com o leãozinho, o lobo vai visitá-la e apesar da fama de mau deitou nas suas pernas e deixou-se levar pela sua voz rouca a contar historinhas de amor. O lobo que antes só mordia oferece a menina um carinho jamais recebido e uma atenção incomparavél. Era o que faltava para que a menina caísse na sua lábia, e ele acaba por tornar frequente suas visitas levando-a para o alto de uma árvore e lhe mostrando coisas ainda desconhecidas. Dá a menina um delicioso sorvete de caramelo, que assim como as mordidas do lobo tinha um poder hipnotizante que a fazia querer sempre mais. Pelo menos agora a menina já tinha um porquê de ir semrpe atrás do lobo, deixando mais facíl esconder qualquer sentimento.
Nesse dia, antes de dormir, a menina chegou a pensar que talvez o que o lobo tanto queria ele finalmente havia conseguido tornando-a totalmente desinteressante. Pegou uma canetinha pra escrever outras tantas teorias em seu caderno e de repente percebe que não há caderno algum... Ela o havia perdido :(
Desesperada, corre por toda a floresta em busca do caderninho mágico que guardava todos os seus pensamentos, tudo o que ela sabia e tudo o que já havia visto. Depois de muito procurar, a pobre menininha se cansa e como já estava muito escuro para voltar pra casa, resolve ir até a toca do lobo para consolar-se e ficar por lá até o clarear do sol. Para sua surpresa, ao chegar na toca vê de longe seu caderninho.
O lobo lera tudo a respeito dela, por um instante a menine pensou em sair correndo mas ele a impediu e os dois ficaram por um bom tempo dentro da toca, vivendo coisas que seriam impossíveis de escrever em um caderno. Ao amanhecer ele a segura pela mão devolvendo-lhe seu caderno e diz baixinho em seu ouvido: " você nao vai mais precisar disso".
Passeando pela floresta a menina tenta explicar àquelas que lhe aconselharam que talvez o lobo não fosse assim tão mau e, apesar do descrédito, seguiu como sempre, encontrando-se cada vez mais com o seu querido lobo mau que entre mordida e outra lhe fazia sorrir bastante mas sempre alertando-a de que nos lobos o estômago é bem mais relevante que o coração...
Muiita das coisas que ouvia, a menina simplestente ignorava, para ela só o que importava eram os olhos do lobo que possuiam uma cor imcoparável, fitando-a de uma maneira inexplicável.
As visitas e conversas tornavam-se cada vez mais frequentes, até que de maneira totalmente inesperada o lobo mau propõe a menina que ela seja sua rainha... E, mesmo sabendo que lobos teoricamente não são reis da floresta e que menininhas teoricamente não são rainhas, ela aceita a proposta, afinal de contas as teorias da menina ficaram no caderninho o qual havia sido deixado para trás, guardado dentro de uma gaveta.

E assim viveram felizes, praticamente, para sempre
.

FIM!

3 comentários:

Canto da Boca disse...

Um longo suspiro....!
E a menininha está feliz? Isso é o que importa, além do que o lobo é muito esperto, tem um "manual" de como agir com a menininha, hihihi!

Beijinhos!!

;)

Cazi Moraes disse...

é INCOMPLETO.
e sim, o lobo sempre planeja tudo antes de todos :)

Vinicius Braga disse...

É bom relaxar os caderninhos da vida em relação às relações.
Eu acho. q=