Rapaz, eu sou totalmente melodramática e sempre faço tempesatades em meros copos de água. Sinto dores absurdas com um simples espirrar, choro em comédias românticas americanas com seus finais naaaaada previsíveis, dou gargalhadas altas de desenhos estúpidos ou diálogos engraçados, grito quando vejo baratas e/ou insetos esquisitos, esperneio, faço bico e sempre quero mais... Ainda assim existe algo que muitas vezes fala mais alto dentro do meu corpo que é um tal de orgulho, e não há paixão no mundo que me faça perder meu orgulho, que me faça pedir, que me faça implorar por atenção, por cuidados, por carinhos. Isso só quem faz é o tal do amor, e esse aí a gente deixa pra mais tarde. Meus pais além de ilustrissimos no quesito educação, amor, e esses blás blás blás capricharam bastante no que diz respeito a auto-estima a ponto de fazerem de mim e dos meus irmãos seres profundamente confiantes, às vezes um pouco mais do que o normal, tornando-nos um tanto quanto metidos a olhos de desconhecidos (intriga da oposição), não temos culpa de sermos inteligentes, lindos, interessantes, descontraídos, talentosos e legais (hahae). Então, sem querer ser melhor do que os outros eu acredito que também não existam muitos melhores que eu. Fazendo-se uma comparação saudável, é claro.
É, mas mesmo assim, mesmo um pouco teimosa e orgulhosa eu sei pedir desculpas quando to errada e eu sei admitir que to errada. É, mas nem sempre que to errada eu peço desculpas, sei lá acho que pedir desculpas é como que dizer " eu me arrependo por ter feito isso " e nem sempre eu me arrependo das coisas erradas que faço e daí o meu pai dizer que eu sou uma orgulhosa besta igual a ele e que tenho que aprender a pedir desculpas. PORRA, eu sei pedir desculpas, okay? E se eu já te pedi desculpas é pq realemente " eu me arrependo de ter feito isso ou aquilo "
Enfim, preparem-se meu caros/raros leitores pq virão tempos de fartura para vocês, como eu já disse uma vez eu acredito profundamente que as melhores músicas, as melhores poesias, os melhores livros e melhores quase tudo foram escritos em momento de profunda tristeza. Ainda que venham os que discordem, eu acho que mesmo as músicas, poesias, filmes e quase tudo felizes foram/podem ter sido escritos num momento de tristeza profunda no qual a gente insiste em lembrar tudo o que vive, insiste em reviver com lágrimas cada riso. Até pq como já dizia Clarice Lispector a felicidade nos consome muito e nos deixa sem tempo pra mais nada e pessoas quando estão muito felizes dificilmente tem tempo pra ficarem sentadas na cama com uma insônia absurda, doces em excesso com lapis e papel na mão, se é que me entendem. Mas eu posso estar errada e sendo assim, não eu não peço desculpas. Pra mim eu to certa. hahae. Que chatice.
Geralmente quando conheço as pessoas procuro analisá-las e ver quanto de mim posso oferecer a elas. Eu sempre soube distinguir logo no primeiro olhar quem viria a ser um amigo, quem viria a ser um peguete, um calo no sapato, uma confidente, um abraço quando faltasse o ar. Pouca das vezes eu me enganei, quem me engana são os outros que utilizam de fingimento para conquistar e coisa e tal e às vezes me lasquei por acreditar em falsas juras, promessas, olhares, presentes e ligações demoradas. Não eu não me importo em dar tudo de mim sem receber nada em troca, mas gosto de saber que não estou recebendo nada em troca, não quero ser confusa, já sendo mas as coisas funcionam assim, pelo menos comigo.
Se você faz parte da minha vida de alguma maneira, com certeza sabe o quanto significa para mim ainda que eu não saiba o quanto significo pra você. Não é querendo dizer que nunca fui falsa, que nunca menti pra ninguém a respeito de sentimentos e coisa e tal mas eu não faço disso algo rotineiro na minha vida. Já cheguei a ser chamada de grossa por não tratar tão bem certas pessoas que para mim não merecem ser assim tratadas. O que eu quero dizer com isso é que se eu gosto de você, então sabe disso e, se eu não gosto, também. São poucas as pessoas que eu realmente não gosto, a maioria é simplesmente indiferente na minha vida e, como diz minha irmã pode morrer vinte vezes na minha frente que eu não to nem vendo. (gente, isso é brincadeirinha familiar, não sou assim tão insensível, aliás eu não sou insensível).
Eu me preocupo com as pessoas, e sinto sim dor e alegria alheia. Gosto de ver a felicidade, ela é contagiante. Mas, enquanto que pra maioria eu apenas ofereceria minha mão pra uma levantada básica, para os meus, poucos e raros meus, aqueles que entraram no meu mundo sem passagem de volta é, pra esses eu arrancaria um dedo, um rim, muitos litros de sangue. Pra esses eu oferecia muito do meu tempo, muito do meu saco, muito da minha água, da minha saliva. Ofereceria meu cobertor no frio, meu ventilador no calor e minha cama independentemente do clima.
São pra esses que eu daria o melhor pedaço do meu hamburger, eeerr... Só se eles estivessem com muita mas muiiiiiiita fome e não houvesse mais nada pra comer. HAHAE.
Os meus, que eu chamo de meus, que são e serão sempre meus ainda que os perca, ainda que me percam, ainda que me escapem, ainda que fujam das minhas mãos, ainda que de fato nunca tenham passado pelas minhas mãos. Esses sim, me terão eternamente, ou não.
Ps: Vale ressaltar que no momento eu estou com olheiras imensas, morrendo de comer mousse de sonho de valsa, ouvindo Chico Buarque sem nenhum contato interessante no meu msn.
Pois é, e então...
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